O papel da imprensa   Migalhas
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O papel da imprensa

16/8/2004 Eliseu Mota Júnior – internauta e “jornalista” nas horas vagas

“É tríplice o papel da imprensa: informar, opinar e expressar ponto de vista. Informar restringe-se ao relato de fatos ocorridos, o que se faz através da reportagem.  Opinar é o trabalho de jornalistas profissionais, articulistas e cronistas, todos especializados e que se expressam nos mais diversos meios de comunicação. Expressar ponto de vista é o papel do editorial, sempre sob a responsabilidade dos editores de jornais, revistas, emissoras e rádio e televisão, incluindo agora os sites na Internet. Uma comparação simples ajudará no entendimento desses papéis: Informar – Imagine uma pessoa que, estando sem relógio (representando o leitor, ouvinte, telespectador ou internauta), pergunte a outra “que horas são?”, e o interpelado (leia-se: repórter), olhando seu relógio, responda com maior ou menor precisão (por exemplo: “são oito e cinco”, ou “são oito horas, cinco minutos e trinta e quatro segundos”). Nessa hipótese, o repórter estará apenas informando, pois se reporta ao fato principal e às suas circunstâncias de tempo, lugar e outras que achar necessário relatar, mas sem emitir um juízo de valor pessoal. Opinar – Agora imagine uma pessoa que, também estando sem relógio, pergunte a outra “que horas são?”, e o interpelado, mesmo também não estando com relógio, calcule um horário e diga ao interpelante (por exemplo: “acho que são seis horas”). Nesse caso, estará só emitindo sua opinião, que será mais ou menos correta na dependência do tempo decorrido entre a última vez que soube das horas e o momento em que emitiu sua opinião. Isto se aplica ao jornalista profissional, ao articulista ou cronista, cuja coluna, artigo ou crônica, respectivamente, terá maior ou menor impacto dependendo da sua autoridade moral e intelectual, além, é claro, do seu conhecimento sobre o assunto objeto da opinião. Expressar ponto de vista – Por fim, imagine uma pessoa que, estando sem relógio, pergunte a outra “que horas são?”, e o interpelado, estando ou não com relógio, responda que “ainda é muito cedo ou que “já é muito tarde”. Isto acontece com os editoriais, que, dependendo da força do meio de comunicação, poderá influenciar decisivamente nos destinos de uma cidade, de um estado, de um país ou mesmo do mundo.”

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