Contrariedade do libelo   Migalhas
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Contrariedade do libelo – Migalhas

Contrariedade do libelo

12/8/2004 Artur Foster Joanini, Promotor de Justiça de Minas Gerais

“Caros migalheiros: passo a responder a cada migalheiro as críticas recebidas, justamente porquanto é esta a essência da democracia, no qual se vê implícito o respeito às opiniões alheias e a necessidade de resposta aos argumentos ora apresentados para que a discussão avance e seja profícua: 1°) Ilmo. Dr. Fernando B. Pinheiro: reforço minha opinião que o editor deve publicar as notícias com imparcialidade, relatando fatos e não exprimindo sua própria opinião, pois este deve coordenar os debates, e não colocar a opinião própria como se fosse a opinião do Migalhas. Acredito, sim, que a pessoa física, mesmo do edito, em seu nome, deve externar suas opiniões como qualquer outra pessoa, possibilitando, inclusive, paridade de armas aos debatedores, como disse o Min. Marco Aurélio em seu voto contra as investigações do MP. É preciso que o comentador, que exprime suas opiniões, se identifique, e não se oculte por detrás do anonimato do editorial. Caso contrário, este não é um espaço democrático de debates, e não merece mais atenção e respeitabilidade. Aliás, exatamente como disse o ilustríssimo Advogado, em outras palavras, “quem discordar que se alevante”, mas eu completo: que se levante e se identifique. 2°) Ao respeitável Gabriel F. Leonardos: não obstante o que eu escrevi no artigo, sou acoimado de querer “censurar o informativo Migalhas” e  propor a odiosa “Lei da Mordaça”, suplicando, ainda, que “ignore o pleito do Sr. Promotor”. Pois bem: em primeiro lugar, reitero que o site Migalhas, como todos, deve propiciar indiscriminadamente a todos que externem suas opiniões com responsabilidade e fundamentadamente. A Instituição do Ministério Público é a primeira a desejar o regime democrático e a total ausência de censura em qualquer dos âmbitos dos poderes e na imprensa. Acredito que migalheiro, desafortunadamente, não percebeu que o editorial, este sim, deve dar notícias calcadas na realidade dos fatos, e não opiniões como se fossem próprias. Como disse acima, que o comentador de textos se identifique e permita o debate. Acusar-me de “censura” é, no mínimo, irresponsabilidade e é, praticamente, inverter o “pedido”, pois é V. Sa. que pede para me censurar com seu apelo. 3°) Ao Ilmo. Sr. Ramalho Ortigão: lamento que V. Sa. tenha compreendido tão pouco o texto e proponha ao editor, como o migalheiro Gabriel, “que indefira a cota do ilustre representante do Parquet”, pois isto nada é mais que calar o oponente através da direção do Migalhas. Lastimável, pois, seu pedido de retorno à censura. Cordialmente.”

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