Semana tumultuada para os grevistas do Judiciário paulista
Grevistas acampados em frente ao TJ
20/9 – segunda-feira
Reunião
Os servidores do Judiciário paulista têm uma reunião, às 16h, que poderia ter sido decisiva para pôr fim à greve, mas não adianta.
Intervenção federal
O presidente do STJ, ministro Edson Vidigal, defende a intervenção federal em SP para garantir a ordem no Estado, em virtude da greve dos servidores do Judiciário. Vidigal chama os grevistas de radicais e disse que o movimento é ilegal.
22/9 – quarta-feira
À deriva
Sem acordo com o TJ, os servidores do Judiciário paulista continuam a greve, que já dura 87 dias e é a mais longa da história. A decisão é tomada em assembléia, na praça João Mendes, e valerá até a próxima deliberação, na quarta-feira da semana que vem.
“O principal motivo [pelo qual continuamos em greve] é que o tribunal não negociou. Ele fez uma imposição de um valor muito abaixo do que negociou; fez uma imposição de abrir processos administrativos caso não voltássemos imediatamente; e uma imposição de descontar as férias para compensar os dias parados”. José Gozze, presidente da Assetj (Associação dos Servidores do Tribunal de Justiça).
23/9 – quinta-feira
Pressão
O presidente do STJ, Edson Vidigal, propõe a demissão dos grevistas do Judiciário de SP e a realização de concurso público para preencher as vagas. A greve da categoria completa 89 dias hoje. Na segunda-feira, Vidigal sugeriu uma intervenção federal no Judiciário paulista.
Comunicado
Em comunicado publicado no Diário Oficial da Justiça, o TJ/SP determina que sejam abertos processos administrativos contra os servidores do Judiciário paulista que estão em greve. De acordo com o comunicado do presidente do TJ, desembargador Luiz Elias Tâmbara, os servidores que tenham faltado ao trabalho por mais tempo do que a lei permite poderão, após o processo, ser exonerados do cargo.
24/9 – sexta-feira
Na capital, um acampamento em frente ao Tribunal pressiona pela abertura de negociações. Em algumas cidades do interior como Votorantim e Presidente Prudente, os servidores voltaram ao trabalho.
A OAB de São Paulo promove na segunda feira um ato público contra a paralisação da Justiça.
Por: Redação do Migalhas
Atualizado em: 24/9/2004 08:50