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Crise

23/8/2005 Paulo Seródio

“Não sei se um não-advogado pode opinar no Migalhas. Se puder, posso acrescentar que por muito pouco não sou advogado. Meu primeiro contato com o Direito foi feito em altíssimo nível, pois tive como professor na cadeira de Introdução ao Direito na faculdade de ciências econômicas da PUC-SP, em 1968, nada menos do que o Professor Ruy Rebello Pinho. Deu vontade de passar a estudar Direito, tão forte a influência do mestre, de cuja imensa sabedoria jamais esqueci. Bom, isto é coisa de velho e a vida às vezes nos conduz a outras paragens e não me tornei advogado, ainda. O que gostaria de comentar é sobre essa questão envolvendo o Sr. Buratti e a atitude do MP Paulista. Não posso entender como um procurador pode se prestar a dar entrevista e revelar no meio do interesseiro depoimento do preso, à imprensa, com a alegria de uma atriz de rebolado, as denúncias sem qualquer comprovação de que terceira pessoa tenha cometido tais e quais crimes. No caso em foco, por motivos que até uma criança pode entender, sem explicações, em se tratando o acusado de ministro plenipotenciário da fazenda do país, com conseqüências imprevisíveis que podem causar prejuízos ou ganhos imensos a investidores que nada têm a ver com a tal delação premiada. Para resumir, e se alguém não puder me convencer do contrário, para o que estou com a mente aberta, devo dizer que o filho de meu saudoso mestre, o Dr. Rodrigo Rebello Pinho, procurador chefe do MP Paulista, fica devendo alguns níveis a seu pai, s.m.j. e com minhas desculpas.”

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