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O jogador de futebol brasileiro Vinícius Jr., atuando pelo Real Madrid, foi alvo de mais um ataque racista durante uma partida contra o Valencia, no domingo, 21/5, no estádio Mestalla, em Valência, na Espanha. A Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo conversou sobre o assunto com a professora Denise Auad, coordenadora da pós-graduação em Direito das Diversidades e Inclusão Social da Faculdade
Segundo a professora, esse triste cenário na Espanha se assemelha às situações de racismo estrutural enfrentadas em diferentes países, incluindo o Brasil.
Denise Auad expressou preocupação com a crescente presença de discursos racistas e preconceituosos nas redes sociais.(Imagem: Freepik)
Denise Auad destacou a importância de entender que a valorização das pessoas está sujeita a marcadores sociais construídos culturalmente, resultando em desigualdades e situações de vulnerabilidade.
“No caso de Vinícius Jr., a combinação de ser negro, brasileiro e pertencer à América Latina torna-o mais vulnerável no contexto europeu, proporcionando uma condição que o coloca como alvo fácil para ofensas raciais.”
A coordenadora ressaltou que a postura corajosa de Vinícius Jr. ao se manifestar contra o racismo é importante para evidenciar a gravidade do problema e alertar a sociedade sobre a necessidade de indignação e ação. Ela enfatizou a importância de uma resposta efetiva por parte das autoridades e da liga de futebol, destacando que as questões relacionadas ao racismo não podem ser ignoradas ou tratadas com indiferença.
A professora Denise Auad também expressou preocupação com a crescente presença de discursos racistas e preconceituosos nas redes sociais.
“É importante uma campanha educativa abrangente, envolvendo instituições, políticas públicas e a sociedade em geral, para combater e desencorajar o racismo estrutural. Sem esquecer de punir os responsáveis por atos de racismo, fazendo valer as leis que criminalizam essas condutas.”
Para a Faculdade, o caso de Vinícius Jr. serve como um alerta contundente para a sociedade, reforçando a urgência de combater o racismo estrutural em todos os âmbitos da vida. O esporte, que deveria ser um espaço de inclusão e igualdade, mostra-se vulnerável a atitudes discriminatórias, destacando a importância de esforços conjuntos para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
“Nessa luta contra o racismo, é fundamental que cada indivíduo assuma a responsabilidade de promover a diversidade e a inclusão, rejeitando qualquer forma de discriminação racial. Somente por meio da conscientização e do combate ativo ao racismo estrutural poderemos aspirar a uma sociedade verdadeiramente igualitária”, finaliza Denise Auad.