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As consequências nefastas geoeconômicas pós o período pandêmico ainda se arrastam pelo planeta, acrescidas também, pela insensata guerra no leste europeu.
As dificuldades, em especial, com o custo crescente para pagamento dos juros sobre a dívida Pública, assolam a economia europeia, norte-americana e sobretudo da América do Sul.
Destacam-se também nas dificuldades macroeconômicas as disputas industriais, escassez de pessoal, perdas nas exportações, aumento do custo de vida, recuo de investimentos, taxas de juros mais altas e risco de inflação.
Ante todo o cenário de lenta recuperação, resiste o agronegócio, setor este, responsável por levar alimento para toda humanidade e o único com esperança de viabilizar “a paz” entre os povos, mas para isso são essenciais a paz no campo e a implementação eficaz de governança no Ente Público.
“A paz” entre os povos poderá ser alcançada mediante um expressivo avanço de combate à fome, enquanto a paz no campo, deve ser viabilizada por segurança jurídica rígida e eficiente, desde que alinhados por intermédio de Políticas Púbicas severamente planejadas e inabaláveis.
A base e a solidez para fomentar “a paz” entre os povos e a paz no campo têm raízes fecundas no agronegócio.
A perspectiva de crescimento da economia brasileira, no ano de 2023, é da ordem de 1%, enquanto o agro irá crescer em torno de 8%.
Mas não é só. Para se produzir as primeiras 100 milhões de toneladas de grãos, o Brasil demorou 500 anos, com base no ano de 2001.
Já em 2015, ou seja, em apenas 14 anos, o Brasil saltou para 200 milhões de produção de toneladas de grãos.
Agora pasmem, em 2023, meramente 8 anos após, o Brasil produziu 300 milhões de toneladas de grãos, asseverando que 100 milhões de toneladas de grãos equivalem a vários conjuntos de carretas com 2 vagões, enfileirados, na distância entre Porto Alegre/RS a Manaus/AM (10.643,3 Km), multiplicado por 6 (63.859,80).
Outro relevante dado é o fato de que o Brasil no ano de 2000 exportou 20 bilhões de dólares, enquanto em 2022 a exportação alcançou a cifra de 160 bilhões de dólares, considerando neste intervalo, a severa crise mundial ocorrida nos anos de 2008 e 2009, o que acarretou neste período, uma considerável redução nas exportações.
Ressalta-se, ainda, que o Brasil, exporta para mais de 200 países e alimenta mais de 800 milhões de pessoas no Mundo.
Nota-se com base nesses dados e com a implementação eficiente de segurança jurídica, que a possibilidade de proporcionar “a paz” entre os povos e a paz no campo, não se trata de um binômio de fantasia, mas sim de uma possibilidade promissora.
Destaca-se também que no 1º trimestre do corrente ano o PIB do Brasil registrou um crescimento de 1,9%, consequência do forte resultado obtido pelo setor agropecuário que demonstrou um crescimento de 21,6% (ante o último trimestre de 2022), enfatizando ser a maior alta desde o 4º trimestre de 1996.
Vinícius Corrêa de Queiroz
Bacharel em Direito pelo Centro Universitário Izabela Hendrix; Pós-Graduado em Direito Processual pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais; Pós-Graduado em Advocacia Criminal na Escola Superior de Advocacia da OAB/MG; Curso LGPD do Zero pelo Instituto Brasileiro de Direito – Ibi Jus; Ex-Procurador Geral Municipal; Ex-Membro titular da Comissão de Ética e Disciplina da OAB/MG; Certificado ISSO 9001 pela Gernanischer Lloyd Certification; Áreas de atuação: Consultoria e contencioso nas áreas Cível, empresarial, Agronegócio e Fundacional.