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Quem viveu ou já sonhou em viver um relacionamento entre almas gêmeas?
O conceito de almas gêmeas está presente em toda a sociedade mundial desde os tempos remotos. Só de imaginar a ideia de que existe uma pessoa que é a nossa cara-metade perfeita e destinada a ficar ao nosso lado para sempre é bastante atrativo e sedutora.
Infelizmente, nem todos os relacionamentos entre as pessoas são saudáveis e felizes como alguns acham, pois as redes sociais nos mostram uma realidade que nem sempre é verdadeira. Vivemos um tempo diferente pós-pandemia no qual o “EU SOU” prevalece sobre o “NÓS SOMOS”. Milhares de casamentos acabam desaguando em divórcios por causa de problemas como infidelidade, abusos, sejam eles físicos ou emocionais, falta de comunicação, entre outros fatores.
No ano de 2021, o Brasil registrou incríveis 386,8 mil divórcios, um aumento de 16,8% em relação ao ano de 2020, de acordo com o estudo recentemente divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE. A pesquisa “Estatísticas do Registro Civil do IBGE” também revelou que a taxa geral de divórcios para cada mil pessoas de 20 anos ou mais subiu de 2,15% em 2020 para 2,49% em 2021.
Além disso, a pesquisa também demonstrou uma redução no tempo médio entre a data do casamento e a data da sentença ou escritura do divórcio nos últimos anos de 15,9 anos em 2010 para 13,6 anos em 2021. Ainda conforme a entidade, a proporção de separações é maior entre os casais com filhos menores de idade – 48,5% dos divórcios – o que, sem dúvida, leva questões de alta complexidade ao poder judiciário, como no que diz respeito à guarda, alimentos, entre outras discussões. O crescimento equivale a 5,5 pontos percentuais em relação a 2010.
Podemos observar, de acordo com o levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, um aumento significativo do percentual de guarda compartilhada em divórcios judiciais entre casais com filhos menores de idade, observando a regra prevista no Código Civil e atendendo ao melhor interesse da criança. Enquanto em 2014, a guarda compartilhada era opção de apenas 7,5% dos casais divorciados, em 2021, o número subiu para 34,5%.
Os dados acima demonstram que o divórcio deixou de ser um tabu e está cada vez mais presente na sociedade brasileira. É importante lembrar que os relacionamentos são complexos e requerem esforço e dedicação. Não existe uma fórmula mágica para o amor verdadeiro, mas sim um compromisso diário com o outro, pois o importante não é casar-se para ser feliz e sim para fazer a outra pessoa feliz.
Para algumas pessoas que vivem relacionamentos tóxicos ou abusivos, a palavra “alma gêmea” pode se apresentar distante ou quase impossível. Elas podem se sentir presas em um relacionamento ruim porque acreditam que não encontrarão alguém que seja a sua metade perfeita.
Por outro lado, há aqueles que acreditam firmemente na ideia de almas gêmeas e afirmam ter encontrado a sua metade perfeita. Para essas pessoas, o amor verdadeiro é algo mágico, espiritual e inexplicável, que transcende o tempo e as dificuldades.
Independentemente da sua opinião, leitor, sobre o assunto, é importante lembrar que os relacionamentos são complexos e requerem esforço e dedicação mútuas. Não existe uma fórmula mágica para o amor verdadeiro, mas sim um compromisso diário com o outro.
Se você vive um relacionamento tóxico ou abusivo, é importante buscar ajuda profissional para lidar com essa situação. A terapia de casal pode ser uma excelente opção para aqueles que desejam resgatar o relacionamento e, se infelizmente não for possível a continuidade deste, procure um advogado especializado em direito de família para uma melhor análise e para que este lhe apresente uma solução para o seu caso.
Por outro lado, se você está em um relacionamento saudável e feliz, aproveite cada momento ao lado da sua alma gêmea. Lembre-se de que o amor verdadeiro é construído ao longo do tempo e requer esforço e dedicação diários.
Fica a pergunta caro(a) leitor(a)” O SEU RELACIONAMENTO É DE ALMAS GÊMEAS OU DE ALMAS ALGEMADAS?”
Clodoaldo Moreira dos Santos Júnior
Phd em Direito, advogado e professor universitário.
