Home office é realidade para 43% dos advogados   Migalhas
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Home office é realidade para 43% dos advogados – Migalhas

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O home office, modalidade de trabalho que ganhou força durante a pandemia de covid-19, estabeleceu-se como uma realidade permanente para os advogados brasileiros. O estudo “PerfilADV – 1º Estudo sobre o Perfil Demográfico da Advocacia Brasileira” apontou que 43% dos advogados trabalham remotamente. Esse número é ainda mais significativo entre os advogados autônomos, onde alcança 51%.

A prevalência do home office entre advogados que trabalham em empresas ou escritórios privados é de 21%, enquanto 12% dos que exercem cargos públicos optam por essa modalidade.

A pesquisa destaca variações na adoção do home office baseadas em gênero, idade, renda familiar e localização geográfica. Entre as mulheres advogadas, 46% adotam essa modalidade, comparativamente a 39% dos homens.

Advogados na faixa etária de 60 anos ou mais apresentam a maior proporção de trabalho remoto, com 51% deles trabalhando de casa, em contraste com apenas 35% dos que têm entre 21 a 23 anos. 

No que diz respeito à renda familiar, o home office é mais frequente entre advogados com renda até dois salários-mínimos (59%), enquanto aqueles com renda acima de 20 salários-mínimos mostram uma menor proporção (30%).

Em relação a filhos, o estudo mostra que a decisão de trabalhar de casa é quase igualmente distribuída entre aqueles com e sem, com 42% dos trabalhadores remotos sendo pais, comparado a 43% que não têm filhos.

Regionalmente, o Sudeste lidera com 48% dos advogados trabalhando em regime de home office, enquanto a região Norte tem a menor porcentagem, com 32%. No Rio de Janeiro, o trabalho remoto é especialmente prevalente, onde 60% dos advogados adotam essa prática, o maior índice entre as seccionais. Por outro lado, Rondônia apresenta o menor índice, com apenas 15%.

O estudo

O PerfilADV – 1º Estudo sobre o Perfil Demográfico da Advocacia Brasileira fornece uma visão abrangente e inédita sobre a profissão de advogado no Brasil. O estudo foi desenhado para captar uma série de dados demográficos e profissionais dos advogados brasileiros, com o objetivo de informar gestores, educadores e empregadores sobre o estado atual e as perspectivas futuras da advocacia no país.

Com uma metodologia quantitativa baseada em questionários de autorresposta online, o estudo coletou dados de 20.885 profissionais, representativos dos mais de 1,37 milhão de advogados registrados na OAB.

A pesquisa foi conduzida de 28 de agosto a 15 de outubro de 2023, e seus resultados foram apresentados durante a 24ª Conferência Nacional da Advocacia em Belo Horizonte.

As áreas temáticas abordadas pela pesquisa incluem características sociodemográficas, atuação profissional, saúde e qualidade de vida, uso de tecnologia, respeito às prerrogativas e aos honorários, além de opiniões sobre as condições gerais para a prática da advocacia no Brasil. A pesquisa também explorou como os advogados utilizam os serviços oferecidos pelo sistema da OAB.

O estudo foi uma iniciativa do Conselho Federal da OAB, sob a presidência de Beto Simonetti e coordenação do vice-presidente Rafael Horn, encomendado ao Centro de Inovação, Administração e Pesquisa do Judiciário da FGV Justiça que, por sua vez, convidou o professor Antonio Lavareda, presidente do Conselho Científico do Ipespe – Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas, para a coordenação técnica do projeto.

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