Quando o cliente paga mal, você paga mais: Tolerância financeira   Migalhas
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Quando o cliente paga mal, você paga mais: Tolerância financeira – Migalhas

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Em um mundo onde as relações comerciais são cruciais para o sucesso de qualquer empresa ou profissional independente, muitas vezes nos encontramos em um dilema complicado: 

Devemos ou não aceitar clientes que pagam mal? 

À primeira vista, pode parecer que um cliente é melhor do que nenhum cliente. No entanto, essa lógica nem sempre se mantém quando você considera o custo oculto da tolerância financeira.

Esse custo alto eu acabei pagando pela minha inexperiência, afinal quando me formei desde o início decidi que iria advogar, a questão é que em meados de 2014 pouco se falava sobre precificação de honorários, somente existia a tabela da OAB e pronto.

Imagine a combinação explosiva: Inexperiência em precificação e gestão combinados com a ansiedade e pressa de quem acabou de se formar e anseia sucesso profissional.

Acreditava fielmente que quanto mais clientes melhor, independente da qualidade e do valor dos honorários, isso me custou tempo, paciência e um bom tempo.

Mas tudo vem com aprendizado e experiência, por isso eu gostaria de trazer algumas dicas para você meu colega advogado:

Atração fatal: O cliente de baixo orçamento

É fácil entender por que muitos profissionais e empresas se sentem atraídos por clientes de baixo orçamento. Eles representam uma oportunidade de negócio, e a pressão para manter um fluxo constante de trabalho muitas vezes leva à aceitação de projetos que, em circunstâncias ideais, seriam evitados. No entanto, essa atração pode rapidamente se transformar em uma armadilha financeira.

O custo oculto da tolerância financeira

A tolerância financeira, ou seja, aceitar trabalhar com clientes que têm dificuldades em pagar seus serviços, pode se traduzir em custos substanciais para os profissionais e empresas. Aqui estão alguns dos custos ocultos que podem surgir:

  • Tempo e recursos desperdiçados: Trabalhar com clientes que pagam mal muitas vezes exige mais tempo e esforço para lidar com a negociação de preços, revisões incessantes e atrasos no pagamento. Isso pode resultar em uma redução da produtividade e na alocação de recursos valiosos para situações menos lucrativas.
  • Impacto na qualidade do trabalho: Pressões financeiras podem levar a cortes de custos, resultando em produtos ou serviços de qualidade inferior. A reputação e a credibilidade da empresa podem ser prejudicadas, afetando futuras oportunidades de negócios.
  • Estresse e insatisfação profissional: Lidar com clientes que não pagam bem pode ser extremamente estressante e desgastante. O profissional ou equipe pode ficar desmotivado e insatisfeito com seu trabalho.
  • Risco de inadimplência: Clientes de baixo orçamento têm maior probabilidade de não pagar integralmente ou a tempo, resultando em perdas financeiras significativas.
  • A estratégia inteligente: Avaliar e qualificar clientes

    Uma estratégia inteligente é avaliar e qualificar clientes com base em critérios financeiros sólidos. Isso inclui:

    • Estabelecer preços justos: Definir preços que reflitam o valor dos produtos ou serviços prestados, evitando concessões excessivas.
    • Ter políticas de pagamento claras: Estabelecer prazos e condições de pagamento claros e cumprir essas políticas de maneira consistente.
    • Identificar clientes lucrativos: Concentrar-se em clientes que ofereçam oportunidades estratégicas de crescimento e lucro, alinhados com a missão e objetivos da empresa.

    Encontre o equilíbrio financeiro

    Em última análise, a decisão de aceitar ou não clientes de baixo orçamento deve ser cuidadosamente ponderada. 

    Encontrar o equilíbrio financeiro entre atender às necessidades dos clientes e manter a saúde financeira do seu negócio é essencial. 

    Não se deixe levar pela ilusão de que qualquer cliente é melhor do que nenhum cliente; em vez disso, valorize a qualidade sobre a quantidade e proteja sua empresa contra os custos ocultos da tolerância financeira.

    Manoel Pereira Machado Neto

    Manoel Pereira Machado Neto

    Comendador da Ordem do Mérito Anhanguera. Advogado inscrito na OAB GO sob o número 42.382 e SP 477.203 Ex-assistente de Desembargador TJ GO Ex- Advogado Setorial da Secretaria de Assistência Social.

    Machado e Magalhães Advogados Associados Machado e Magalhães Advogados Associados

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