Salomão vota para abrir PAD contra Malucelli; CNJ suspende análise   Migalhas
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Salomão vota para abrir PAD contra Malucelli; CNJ suspende análise – Migalhas

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O CNJ suspendeu, nesta terça-feira, 25, o julgamento virtual que visava deliberar sobre a abertura de processo disciplinar contra o desembargador Marcelo Malucelli, do TRF da 4ª região. Malucelli é acusado de descumprir decisão do STF ao suspender decisões de Eduardo Appio, ex-juiz da Lava Jato, que envolviam o advogado Rodrigo Tacla Duran, réu em um dos processos da operação Lava Jato.

O julgamento havia sido iniciado na segunda-feira, 24, quando o ministro Luis Felipe Salomão, corregedor Nacional de Justiça e relator do caso, votou pela abertura do processo contra o desembargador. 

Após o voto de Salomão, o processo foi retirado da sessão virtual, sem previsão de data para retomada do julgamento. 

O desembargador teria solicitado a negociação de um TAC. A defesa do magistrado é patrocinada por Nefi Cordeiro, ministro aposentado do STJ.  

 (Imagem: Reprodução/TRE PR)

CNJ suspende julgamento contra desembargador Marcelo Malucelli. (Imagem: Reprodução/TRE-PR)

As suspeitas sobre o desembargador residem em suas possíveis ligações pessoais com a família do senador Sergio Moro, o que poderia impedi-lo de analisar o caso de forma imparcial.

O magistrado teria sido responsável por manter a prisão do ex-advogado da Odebrecht Rodrigo Tacla Duran. Em 2022, Tacla Duran afirmou ter sido alvo de perseguição por não ceder a uma tentativa de extorsão por parte da força-tarefa da Lava Jato durante o processo em que figura como réu, em troca de um acordo de colaboração premiada que seria feito diretamente com Deltan Dallagnol.  O depoimento foi prestado ao juiz Appio.

Paralelo a isto, uma reclamação, proposta por Renan Calheiros, busca demonstrar que o filho do desembargador, que é advogado, foi sócio do escritório de advocacia chefiado por Moro e sua esposa.  

Após a divulgação do depoimento, o senador afirmou não temer investigações, classificando as acusações de Duran como falsas e repetidas desde 2017.

Antes do início do julgamento, a defesa de Marcelo Malucelli alegou ao CNJ que o magistrado jamais atuou de forma ilegal em qualquer processo, incluindo os da Lava Jato.

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