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O MPF instaurou, nesta terça-feira, 19, um inquérito para investigar o Cremesp – Conselho Regional de Medicina de São Paulo e a Prefeitura de São Paulo por possível vazamento de informações confidenciais de médicos que realizaram abortos legais no estado. A Secretaria Municipal da Saúde é alvo da investigação por suspeita de ter copiado e compartilhado prontuários médicos com o Cremesp.
A investigação busca apurar “eventual irregularidade da atuação do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo, autarquia federal, na instauração de sindicâncias, de ofício, contra médicos que realizaram serviço de interrupção da gravidez no Hospital Vila Nova Cachoeirinha nas hipóteses de pacientes com mais de 22 semanas de gestação, em suposta violação dos prontuários médicos”.
Em maio, duas médicas do Hospital Vila Nova Cachoeirinha, localizado na zona norte de São Paulo, foram suspensas pelo Cremesp. O Simesp – Sindicato dos Médicos de São Paulo, responsável pela denúncia contra o Cremesp, afirmou que as médicas sofreram perseguição após funcionários da Secretaria Municipal da Saúde terem acessado os dados das pacientes.
Cremesp será investigada a respeito do vazamento de dados de médicos que realizaram abortos legais no estado.(Imagem: AdobeStock)