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Uma das datas mais aguardadas do ano está chegando e é preciso se preparar para aproveitar todas as oportunidades.
De acordo com a Abcomm – Associação Brasileira de Comércio Eletrônico, a expectativa de vendas durante a Black Friday deste ano é de R$ 7,9 bilhões, um crescimento de 10% em relação ao mesmo período no ano passado.
Segundo especialistas do Opice Blum Advogados Associados, com a evolução da tecnologia e a mudança do comportamento de compras, é preciso que tanto as empresas quanto os consumidores estejam preparados para lidar com questões de segurança cibernética, a fim de reduzir as chances de fraudes.
Advogados do Direito Digital destacam cinco dicas para evitar fraudes durante a Black Friday.(Imagem: AdobeStock)
A seguir, especialistas em direito digital, destacam cinco dicas para transações seguras:
1. Eduque e treine a equipe
Para começar, é importante que os colaboradores sejam capacitados para identificar e reportar atividades suspeitas, como e-mails de phishing ou links maliciosos, muito comuns durante a Black Friday e outras datas comemorativas.
A técnica consiste em enviar e-mails fraudulentos que induzem o usuário a clicar em um determinado link. Ao fazer isso, a pessoa tem suas informações roubadas pelos fraudadores, que podem utilizá-las para aplicar novos golpes.
“Estabelecer governança para uso de novas tecnologias, como inteligência artificial, pode fazer toda a diferença em ocasiões como essa. Neste caso, atualizações contínuas da equipe e o estabelecimento de um plano de contingência em momentos críticos é fundamental para evitar ou, ainda, lidar com cenários que envolvam fraude”, explica Renato Opice Blum, sócio fundador do escritório Opice Blum, especializado em direito digital.
2. Desconfie de Ofertas Muito Atraentes e Fontes Desconhecidas
Em datas como a Black Friday, a quantidade de informações e promoções é enorme e é preciso ficar atento aos sites fraudulentos.
“Em tempos de redes sociais, é importante que tanto a equipe, quanto o cliente, sejam capazes de verificar a autenticidade de ofertas e comunicações, evitando clicar em links ou baixar anexos de fontes não confiáveis. Essa prática reduz o risco de cair em golpes de phishing”, explica o Renato.
“Na dúvida, verifique se a promoção consta no site oficial da empresa, pois muitas fraudes acontecem a partir de redes que redirecionam o usuário para outro lugar”, complementa Camilla Jimene, CEO do Opice Blum Advogados.
3. Reforce a Segurança das Transações Online
Utilize o protocolo SSL (Secure Sockets Layer) em seu comércio eletrônico para garantir a criptografia de dados sensíveis, como informações pessoais e bancárias.
“Além de proteger os dados de seus clientes, o SSL aumenta a confiança no seu site, melhora seu ranqueamento nos motores de busca e é essencial para campanhas de marketing digital. Investir em segurança é fundamental para o sucesso do negócio, não negligencie essa etapa”, diz Henrique Fabretti, Sócio da área de proteção de dados e IA do Opice Blum Advogados.
4. Não caia em golpes com Deepfake e Inteligência Artificial
Pela primeira vez, ferramentas tecnológicas sofisticadas estão disponíveis de forma acessível a qualquer pessoa, podendo criar voz e imagem, o que torna cada vez mais difícil a identificação de golpes.
“Ainda não existe uma maneira 100% confiável para que um leigo consiga reconhecer se um conteúdo foi alterado com IA. O melhor caminho ainda é pesquisar qual a origem da informação e se a fonte é confiável”, pondera o advogado Henrique Fabretti.
Portanto, caso veja uma campanha ou promoção em redes sociais, por exemplo, na dúvida, vá até o site oficial da loja e verifique se as informações são verídicas.
Danielle Serafino, sócia do Opice Blum Advogados, onde lidera as áreas de inovação jurídica e Legal Design, complementa que, no caso das empresas, embora o contexto seja complexo, na maioria das vezes é possível investigar e identificar a fonte da informação por meio de ferramentas de monitoramento que utilizam tecnologia de ponta.
“Atualmente, é possível identificar a origem da maioria dos golpes e, em muitos casos, punir os responsáveis. Não se enganem”, diz a advogada.
5. Invista em Monitoramento Contínuo de Segurança Cibernética:
“Utilize ferramentas de detecção de ameaças e mantenha uma equipe dedicada ao monitoramento de atividades suspeitas, permitindo respostas rápidas a incidentes. A vigilância constante é crucial para identificar e mitigar riscos em tempo real”, reforça Fabretti.
O advogado complementa que, além disso, é importante que a empresa restrinja o acesso a informações sensíveis apenas a funcionários autorizados e monitore atividades para detectar comportamentos anômalos. Isso ajuda a prevenir vazamentos de dados e acessos indevidos.