Morre, aos 86 anos, o ex presidente da OAB Marcello Lavenère Machado   Migalhas
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Morre, aos 86 anos, o ex-presidente da OAB Marcello Lavenère Machado – Migalhas

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Faleceu, aos 86 anos, na manhã deste domingo, 12, o ex-presidente da OAB Marcello Lavenère Machado

Jurista fortemente identificado com as pautas sociais e direitos humanos, Lavenère se tornou uma das mais importantes referências do mundo jurídico no Brasil.

Natural de Maceió/AL, Lavenère foi advogado e consultor jurídico, presidente da OAB/AL por dois mandatos consecutivos e presidente do Conselho Federal da OAB entre 1991 e 1993. 

Figura marcante na história da advocacia brasileira, Marcello era membro vitalício do Conselho Federal da OAB, advogado e consultor jurídico em Brasília. 

Torcedor do Botafogo, Marcello deixa a esposa, 6 filhos, 15 netos e 7 bisnetos.

O velório e cremação serão realizados em Brasília na segunda-feira, 13.

 (Imagem: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Morre o advogado Marcello Lavenère Machado.(Imagem: Marcos Oliveira/Agência Senado)

Marcello Lavenère dedicou sua vida ao ensino, atuando como professor na UFAL, docente de Direito Civil na UnB e na Escola Superior do Ministério Público.

Além disso, atuou como procurador do Estado de Alagoas e ex-membro da Comissão de Justiça e Paz da CNBB.

Durante sua trajetória, destacou-se pela defesa da democracia e da justiça social.

Se tornou nacionalmente conhecido por ter, como presidente do Conselho Federal da OAB, assinado o pedido de impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello.

Ele também deixou seu legado à frente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, onde se dedicou à análise das reparações às vítimas da ditadura militar, atuando em favor dos perseguidos políticos.

Homenagens

O presidente do Conselho Federal, Beto Simonetti, lamentou o falecimento e decretou luto de sete dias na instituição. “Um dos imprescindíveis da advocacia”, destacou. 

Veja a nota:

Na última madrugada, perdemos o combativo advogado Marcello Lavenère Machado. Membro Honorário Vitalício da OAB Nacional, tendo presidido nossa instituição em momentos muito importantes da história brasileira. Sua presidência fluiu entre 1.4.91 a 1.4.93.  O sentimento que nos toma é de tristeza. Quem partiu foi um dos imprescindíveis da advocacia. Um homem com alma generosa e solidária. Presidente Marcelo, nos deixa ensinamentos de coragem e altivez. Que descanse em paz na eternidade. Decretamos luto de 7 dias por tão inestimável perda.

Marcus Vinicius Furtado Coêlho, membro honorário vitalício da Ordem e presidente da comissão constitucional, também emitiu nota de pesar.

“O Brasil perde um líder nato. O Nordeste deixa de contar com um jurista de escola. A advocacia e a sua entidade, a OAB, não mais terão a presença física de Marcello Lavenère, nosso eterno presidente. Seus ensinamentos, exemplo, postura e atitude permanecerão como legado a nos inspirar pela construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária.”

Felipe Santa Cruz, que presidiu a OAB de 2019 a 2022, afirmou que “a advocacia perde um gigante”. “Nos deixou hoje o eterno presidente Marcello Lavenère Machado. Exemplo de líder, modelo de colega. Que receba a justa morada ao lado do Senhor.”

Claudio Lamachia, presidente da OAB de 2016 a 2019, manifestou seus sentimentos à família e aos amigos de Lavenère. “A OAB está de luto pela perda do presidente Marcello Lavenère Machado, dirigente de atuação marcante à frente de nossa instituição. Sua obra e atuação em favor da classe se manterão vivas e atuais, ao lado dos grandes nomes de nossa profissão e do Direito brasileiro.”

Para Ophir Cavalcante Junior, que foi presidente da instituição de 2010 a 2013, Marcello Lavenère “honrou a história da OAB e da advocacia brasileira ao defender a democracia em nosso país. Foi um exemplo sobre o compromisso que nos advogados devemos ter na defesa da justiça social”.

Cezar Britto, presidente da OAB de 2007 a 2010, afirmou que Lavenère “segue nos inspirando enquanto paradigma de presidente da OAB, advogado de belas lutas, cidadão que fez da democracia uma missão e nordestino que não recusava pelejar em nome da liberdade”. “Ele hoje habita as melhores páginas da nossa História, eternamente.”

José Roberto Batochio, presidente de 1993 a 1995, lamentou a morte de Lavenère. “Com a partida de Marcello Lavenère Machado, perde muito o Brasil, diminui-se a cidadania, ficam menores a advocacia e a democracia brasileira. Momento de imensa tristeza para todos nós.”

Seccionais de vários Estados do país, como DF e PI, também lamentaram o falecimento. A OAB/SC decretou luto oficial de três dias.

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