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O Oscar 2025, realizado no último domingo, 2, não só trouxe ao Brasil sua primeira estatueta, conquistada pelo filme “Ainda Estou Aqui” de Walter Salles, mas também premiou grandes obras cinematográficas do último ano.
Entre essas produções de destaque, o Migalhas Cultural recomenda “Conclave”, vencedor do prêmio de Melhor Roteiro Adaptado, para quem se interessa pelos bastidores dessa importante eleição.
A trama, embora não seja baseada em fatos reais, teve a colaboração de um cardeal que participou do conclave de 2005, responsável pela eleição de Bento XVI. A história começa com a morte do Papa e o início do processo de escolha de seu sucessor, que se dá através de uma série de votações realizadas por mais de 100 cardeais em total isolamento no Vaticano.
A cada votação, um nome é descartado até que, finalmente, um cardeal atinja o número necessário de votos. O resultado dessa escolha é então anunciado para o mundo com a famosa fumaça branca que sai da chaminé da Capela Sistina.
O que torna o filme ainda mais interessante para os estudiosos do Direito é a inserção da Constituição Apostólica, o documento do Direito Canônico que rege a Igreja Católica. No filme, a Constituição Apostólica não só serve como um guia jurídico que orienta os cardeais durante o conclave, mas também atua como uma estrutura moral sobre a qual a eleição é pautada.
A trama, no entanto, toma um rumo dramático quando interesses pessoais e rivalidades entre os cardeais começam a influenciar o processo de escolha, revelando as tensões que podem surgir mesmo dentro de uma estrutura religiosa que se baseia em normas rigorosas.
Conclave se tornou referência não apenas pela sua qualidade cinematográfica, mas também pela reflexão sobre o papel do Direito e da moralidade nas instituições religiosas.