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O mercado jurídico está passando por uma verdadeira revolução tecnológica. Escritórios e departamentos jurídicos estão em uma corrida para encontrar as melhores soluções que tragam mais eficiência, reduzam custos e aprimorem a tomada de decisão. Ferramentas de automação, inteligência artificial e analytics já não são diferenciais, tornaram-se essenciais para a competitividade. Mas inovar sem uma visão estratégica pode ser um erro.
A tecnologia existe para revelar ineficiências, não para mantê-las. Ela não deve “endossar” falhas em processos ou no desempenho das pessoas. Pelo contrário, sua função é trazer transparência e expor aquilo que precisa ser melhorado. Isso permite transformar processos ou profissionais pouco eficientes em versões mais produtivas.
No entanto, é importante entender que a tecnologia, por si só, não transforma pessoas. O desenvolvimento humano depende de gestão, aprendizado e mudanças comportamentais. Já no caso dos processos, a tecnologia tem o poder de não apenas expor fragilidades, mas também aprimorá-los e torná-los mais eficientes.
Essa lógica reforça a importância da tríade da gestão (PPT – Pessoas, Processos e Tecnologia). A tecnologia deve ocupar um papel central na estratégia empresarial porque sua função é justamente revelar falhas e/ou transformar processos ineficientes em soluções mais eficientes.
Porém, um alerta: se a tecnologia for mal utilizada e acabar perpetuando processos problemáticos, trocar softwares ou investir em novas ferramentas não garantirá alta performance. Sem um olhar estratégico para as verdadeiras causas das falhas, todo esse investimento pode não trazer os resultados esperados.
Celina Salomão
Professora e Co-founder da ForeLegal.