Invasão do Iraque
30/3/2004 Cleanto Farina Weidlich – advogado e professor em Carazinho / RS
“Guerras?! Com o entusiasmo, que significa ‘estar com Deus’ renovado pelo desafio do tema proposto em Migalhas sobre a Guerra no Iraque, que se amplia a cada dia para todos os rincões do planeta. Cumprimento os migalheiros que já manifestaram as suas idéias sobre o tema, para, em humilde contribuição acrescentar que, talvez esse seja o momento de uma grande reflexão universal sobre o Poder que é outorgado pelo Povo, nos ditos Estados Democráticos de Direito. Os fatos ocorridos a partir das duas grandes guerras, incluídos os tristes episódios no Vietnã, na Bósnia, na Chechênia, e pelo mundo a fora, desde o início do século XX, recomendam a uma mudança na ‘mecânica’ do exercício do Poder pelos governantes. É por todos conhecida as estatísticas escutas populares em favor e contra todas as guerras, resultando vencedor sempre e invariavelmente o grupo que defende a não intervenção armada, ou a paz. Entretanto, as guerras continuam acontecendo. A tomada de posição que a civilização moderna está a exigir, em favor da preservação da espécie e tendo em conta uma visão prospectiva da história da humanidade, será de cassação dos poderes de fazer a guerra, é isso mesmo, está na hora, já passou muito da hora, desses mandatários infiéis, terem os seus mandatos revogados e por justíssimas razões de fato e direito. Nesse ponto, quando a humanidade tiver que decidir sobre as guerras, que as gentes exijam um ‘referundum’ popular com aprovação de 100% dos votantes, mas com ‘vacacio legis’ de no mínimo cem milhões de anos. Se Maquiavel reescrevesse ou tivesse que ampliar hoje a sua visão interpretativa do Estado, guardo comigo a forte impressão, que levantaria conosco essa bandeira de luta.”