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Território livre – Migalhas

 

Polêmica

 

Veja as opiniões dos leitores sobre o discurso do presidente da OAB, Rubens Approbato, na posse do novo presidente do STF:

 

Migalhas conta que o presidente da OAB, no discurso de posse do novo presidente do STF, “protestou contra a falta de medidas oficiais para reduzir a pobreza, melhorar a distribuição de renda, minimizar as desigualdades regionais, combater o desemprego e controlar a violência.” Coitado do novo Ministro Presidente do STF, o que será que ele poderá fazer do STF para reduzir a pobreza, melhorar a distribuição de renda, minimizar…. Dr. Approbato, meu caro Presidente, não é chegada a hora de deixarmos os Partidos Políticos cuidarem da política e iniciarmos um mutirão em defesa da advocacia ? Basta de “politicagem” na OAB. Nós advogados exigimos uma OAB livre do ranço politiqueiro. Sejamos independentes porém com os olhos voltados para dentro, para o interior sofrido do dia-a-dia da advocacia em que advogar passou a ser sinônimo de guias, contra-guias, e porque não dizer de sarjetas …” Alexandre Thiollier – escritório Thiollier e Advogados

 

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“Manifesto meu incondicional apoio à migalha apresentadas pelo ilustre colega, Dr. Alexandre Thiollier, do escritório Thiollier e Advogados, veiculadas na edição de 9 de junho. Realmente está na hora da OAB pensar mais no advogado e, sobretudo, na árdua e tortuosa (porém brilhante) profissão por ele desempenhada, que, além de todos os percalços enfrentados, vem sofrendo uma série de ataques por parte de vários setores da sociedade, sobretudo da mídia. Dignifiquemos a advocacia.” Antonio Kehdi Neto

 

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“Avacalhar o Judiciário, com a desculpa de que este precisa de uma Reforma, desmoralizar advogados, desmerecer políticos que discordam de suas idéias, tudo isso em tom chinfrim que revela a voz do marqueteiro assoprando batatadas que divertem a choldra faminta, desempregada, ou de baixíssima renda que aplaude seus discursos de palanque pós-eleitoral. Assim, o Presidente Lula acredita estar alimentando a imagem de salvador da pátria que vai acabar com a fome, com o desemprego, com a violência das ruas, com a lavagem de dinheiro promovida pelo crime organizado. O nosso representante mór, Rubens Approbato, ao recomendar mais ação e menos discurso, usando a palavra numa solenidade no Supremo Tribunal Federal, tribuna dos defensores da Constituição, agiu como porta voz dos causídicos e outros brasileiros esclarecidos, os quais estão ficando cansados da inação, ou da ação claudicante de quem vendeu mudanças e, ao sentir-se incapaz de entregar o produto no prazo e na qualidade prometida, pretende desmoralizar outro Poder da República, investindo boquiroto contra magistrados e advogados, enquanto seus ministros sequazes culpam banqueiros pela alta dos juros, donos de posto de gasolina pela pequena baixa de preços que a Petrobras – a estatal de lucro recorde à custa da população – destila a conta-gotas, agências reguladoras pelos aumentos de preços de energia e telefone, e quem mais o estrategista do Ministério da “Propaganda” indicar como bola da vez. Parabéns, Approbato! Você e outros presidentes da Ordem nos estados, que abriram as portas e ouvidos da instituição para os candidatos, têm o direito e a responsabilidade de, em nome de quem trabalha exercitando a razão e a lógica, cobrar coerência do eleito.” Antonio Carlos Rocha da Silva – escritório Felsberg, Pedretti, Mannrich e Aidar, Advogados Associados

 

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“Junto-me ao Dr. Alexandre Thiollier para, em coro, dizer que melhor curaria da categoria a Ordem, se “voltados para dentro” posicionasse os olhos. Trago, para afinar o coro, o também Alexandre (Herculano), que diria: “Os nossos maiores… curavam mais de praticar façanhas do que conservar os monumentos delas”. São monumentos da Ordem, os Advogados, como o são, em plano constitucional, na indispensabilidade à administração da justiça. Como medida objetiva alinho às propostas já formuladas, aquela que diz respeito a  melhor talhar  esses monumentos, enquanto ainda cuidam da preparação para a nobreza do exercício da profissão. Falo dos estagiários de direito que, antes de aprendizes, são submetidos  a verdadeira vassalagem feudal, com carga horária de trabalho, plena, incompatível com o objetivo primordial do momento de suas vidas nas universidades e com tarefas substitutivas de funções menores, na mais das vezes, de simples mensageiros. Melhor obraria a direção da Ordem, se temas objetivos – e são tantos -como este, merecessem preferência de regulamentação, a bravatas impróprias e em lugares, por igual, impróprios, como impropriamente, dizendo-se representante da categoria.” Acyr Bernardes, Rio de Janeiro

 

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“A Sra. ou Srta. Dora Kramer que me desculpe, mas estou indignada com seus comentários e o que pensa da classe dos advogados e magistrados. Ela tem uma visão pequena e medíocre da nossa profissão – na matéria ela foi generalista e grotesca chegando a uma descortesia ímpar. Há pessoas que se destacam pelo talento, já outras…” Isabel Cristine Sousa Santos Karam – escritório Gandara, Morillo e Santos Advogados Associados

 

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“Muito bom o artigo da Dora Kramer indicado por Migalhas. Ao Presidente da OAB cabe ser mais cordial, afinal, aproveitar-se da ausência do contraditório para falar o que bem entende é deplorável. Melhor faria se tomasse as providências para punir os profissionais que envergonham a nossa classe. Quanto ao Presidente do STF, só se pode entender que pretende marcar posição pessoal sobre a questão das aposentadorias porque, em menos de um ano, também estará aposentado. Com isso, nem impedimento haverá, porque não terá tempo para participar de nenhum julgamento. Viva a República do Pão de Queijo…” Almir Polycarpo – escritório Becker Pedroso & Polycarpo advogados

 

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“Sempre “agradável” … O povo tem pressa, bradou o nosso I. Presidente da OAB, com o dedo em riste no nariz do nosso Presidente da República, ali presente, não perdendo a magnífica oportunidade de ser “agradável” aos olhos do Poder Judiciário !!! Mas a pertinência da ocasião, teve muito mais a ver com a pressa que o povo tem em ver uma justiça célere e efetiva. Teve muito mais a ver com a pressa de se ver implantada no país uma justiça moderna, imparcial, isenta de corporativismo, séria e respeitada. Teve muito mais a ver com a oportunidade de se reivindicar por uma justiça onde o exercício da advocacia não esteja condicionado à necessidade de se massagear egos e fazer lobby; – onde, hoje, “bom advogado” é sinônimo de ter “trânsito” e ser subserviente, sob pena de simplesmente não ter sequer suas petições apreciadas. Ou pior, prejudicar seus clientes com decisões advindas de entendimentos “discricionários” contrários aos direitos postulados, tudo dentro de uma “legalidade” imoral. – Daí a necessidade da súmula vinculante. Teve muito mais a ver com a oportunidade, como representante da classe dos advogados, em parabenizar o primeiro Presidente da República que teve a coragem de cobrar do judiciário mais respeito à sociedade, de demonstrar, em alto e bom tom, como legítimo representante do povo brasileiro, que a sociedade não mais suporta esta justiça morosa, arcaica, encapsulada, intocável; – toda insuflada de reverência provinciana sem qualquer sentido neste mundo moderno. Nosso caro representante da classe dos advogados deveria ter aproveitado a oportunidade para dizer aos ilustres representantes do poder judiciário que os juízes são servidores públicos como qualquer outro, e que devem ser punidos quando excedem os prazos da lei e negligenciam seus deveres. – Que eles, os magistrados, não estão acima da lei. – Que a lei foi feita também para juizes e advogados, sem qualquer discriminação ou hierarquia. – Que a morosidade da justiça não deve ser usada como “moeda de troca” entre as partes postulantes, fato corriqueiro e do conhecimento de todos. Nosso I. representante deveria ter parabenizado o nosso Presidente da República por ter aceito humildemente o convite para ali estar e prestigiar aquela solenidade. Afinal, ele representa o povo brasileiro, razão de ser de todos os poderes !!! O Patrão e chefe de todos quantos alí estavam, na qualidade de servidores públicos, posto que é o povo quem paga seus salários !!! Se a OAB melhor cumprisse seu papel de fiscalizar o judiciário, defendendo as prerrogativas, independência e direitos do advogado, execrando a prevaricação, parcialidade e negligência dos maus juizes, talvez a sociedade hoje não estaria tão revoltada e exigindo o seu controle externo. Advogado nenhum desconhece esta triste realidade. Destarte, ou se enquadra ao sistema, ou freqüentemente vai “bater de frente” com essas situações e, não sucumbindo, fatalmente acaba inviabilizado de exercer a advocacia. Data vênia, cremos que as críticas do Sr. Presidente da OAB não foram bem direcionadas. – Posto que a esmagadora maioria dos advogados não consegue o cobiçado “trânsito”, imprescindível ao sucesso profissional, que tem como pré-requisito, dentre outros, o conhecimento esotérico da arte de “massagear egos”; – até porque esta disciplina, infelizmente, ainda não consta do currículo das faculdades de direto.” Carlos Alberto Dias da Silva, Belo Horizonte

 

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Por: Redação do Migalhas

Atualizado em: 11/6/2003 12:39

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