Lei do Abate
19/10/2004 Diego Cuenca Gigena
“Se é para polemizar, porque simplificar! Sou formando em Direito, e compreendo perfeitamente o que diz este magnífico boletim, que a Lei do Abate seria como aplicar a pena de morte com julgamento por rádio… (Migalhas 1.029 – Migalhas dos leitores – Lei do Abate) Também entendo muito bem o princípio do devido processo legal e tudo mais. Mas não se esqueçam nobres causídicos que o Código Penal Militar prevê a pena de morte em caso de guerra, e se invadir o espaço aéreo de um país, se recusar a atender três pedidos de um avião militar para segui-lo e ainda tentar manobras evasivas não é um ato de guerra, então não sei mais o que é. Não quero fazer uma apologia à violência, mas como todos puderam ver em 11/9/2001, atos de guerra não são mais praticados somente por Estados, mas por grupos com poder de Estados, e se o tráfico de drogas não é um grupo com esse poder, também não sei mais o que é verdade e o que é mentira. Tudo o que sei é que vivemos em uma situação de guerra, sitiados em casa, sem o Estado para nos dar proteção, e com os grupos criminosos levando uma guerra diária por conquista de território. Logo, a Lei do Abate, na minha pobre opinião, veio em boa hora, e está demorando para as autoridades policias tomarem coragem e considerarem a criminalidade como uma guerra civil, acontecendo dentro dos limites do nosso amado país e desta forma tratarem os traficantes. Meus sinceros cumprimentos ao engenheiro, que não é causídico, mas percebe o que acontece a sua volta, e meus protestos a este admirável boletim por ter uma postura extremamente positivista. Mas não me entendam mal… Continuo admirando o Migalhas, e espero que este trabalho maravilhoso continue… Este foi o único ponto com o qual discordei da redação. Abraços,”