Crise política
1/9/2005 Iracema Palombello
“Lula foi aceito em 2002 porque não havia outro remédio. Em 2006, entretanto, as elites dispõem de mais de uma alternativa potencialmente competitiva para enfrentar Lula. E farão tudo para derrotá-lo e eleger algum nome do PSDB. Em toda essa confusão, o grande objetivo dos setores dominantes das elites brasileiras e seus aliados no exterior é preservar a política econômico-financeira, isto é, blindar o Ministério da Fazenda e o Banco Central. Não por acaso, o presidente da República reitera constantemente que a política econômica será mantida, custe o que custar. Lula quer ser poupado. O impeachment não seria conveniente. Tanto mais que o vice-presidente da República, como se sabe, é um crítico vigoroso da atual política econômica. Certamente tudo se fará para favorecer a eleição de um tucano confiável, claramente comprometido com a preservação da agenda econômica.”