O impacto dos ativos judiciais no planejamento econômico das empresas   Migalhas
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O impacto dos ativos judiciais no planejamento econômico das empresas – Migalhas

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O sucesso financeiro de uma empresa depende, entre diversos fatores, da agilidade e da habilidade na gestão de recursos. Uma gestão eficiente, hoje em dia, passa obrigatoriamente pela boa utilização dos ativos judiciais que a instituição possua ou venha a adquirir durante suas atividades. É preciso que os gestores conheçam e saibam fazer uso das possibilidades de antecipação desses ativos quando necessário ou proveitoso para os negócios.

É importante lembrar que, por ativos judiciais, deve-se entender todos os tipos de créditos que a empresa tenha para receber em razão de decisões favoráveis em processos judiciais, fixados em sentença ou acórdão. Dentre esses créditos, podemos destacar os advindos de ações trabalhistas, fiscais, de indenizações e também os precatórios, que surgem quando a decisão da justiça é proferida contra um ente da administração pública.

Cada um desses créditos pode ter uma forma mais favorável de negociação no mercado de ativos para recebimento antecipado dos valores. O mais relevante é que a pessoa no comando de uma companhia conheça as alternativas de cessão de créditos para utilizá-los da forma mais benéfica ao andamento do negócio, em vez de aguardar o pagamento apenas no encerramento do processo.

Isso tudo porque, muitas vezes, o capital imobilizado em ações judiciais da empresa representa um montante expressivo, que poderia ser direcionado à implementação de estratégicas relacionadas à inovação, expansão de operações, modernização de processos produtivos, pagamento de fornecedores ou até mesmo um auxílio no fluxo de caixa.

Outra vantagem da utilização da antecipação de créditos judiciais é a melhoria do planejamento financeiro da empresa. Ao entender a possibilidade de receber esses valores em poucos dias, após a assinatura de contrato de cessão de crédito, é possível que se ajuste a agenda de pagamentos, para evitar cair em atrasos e dívidas. Ainda, e também muito relevante, não é preciso contrair empréstimos e comprometer linhas de crédito voltadas à investimentos, visto que o dinheiro que entra é uma antecipação do que a empresa teria direito no futuro, em decorrência da decisão favorável na justiça.

Contar com mais uma ferramenta para obtenção de recursos financeiros é bastante positivo, principalmente num país em que milhões de empresas estão no quadro de inadimplentes. De acordo com dados do levantamento “Inadimplência das Empresas”, da Serasa Experian, no início de 2024, foram identificados 6,7 milhões de CNPJs devedores no Brasil, cujas dívidas somavam R$127,8 bilhões.

Como se observa, as pessoas jurídicas também têm muitas possibilidades de se beneficiar com a cessão de créditos judiciais, angariando recursos sem precisar se comprometer com empréstimos, financiamentos e juros. É essencial que empreendedores e gestores estejam atentos às oportunidades do mercado de ativos judiciais e utilizem esses recursos para evitar dívidas, desenvolver negócios e alavancar projetos com sustentabilidade financeira.

Renata Nilsson

Renata Nilsson

CEO e sócia da PX Ativos Judiciais | Consultora especializada em fundos de investimentos (FIDCs) e plataformas focadas na aquisição de créditos judiciais incluindo trabalhistas, cíveis e precatórios.

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