Estelionatários criam mensagens para vender influência no Judiciário   Migalhas
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Estelionatários criam mensagens para vender influência no Judiciário – Migalhas

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Em uma era na qual a manipulação digital prospera, o Judiciário se torna palco de uma nova prática desleal: a criação de conversas falsas no WhatsApp para forjar vínculos entre estelionatários e influentes figuras jurídicas. Essas mensagens – que simulam proximidade com julgadores e autoridades, por exemplo – têm sido usadas por golpistas para vender um prestígio fantasioso, prometendo decisões favoráveis ou acesso privilegiado.

De fato, estelionatários forjam influência para enganar e lucrar às custas da credulidade alheia. E a vítima, sempre, quer levar uma vantagem…

Hoje, criar conversas fake é tão simples quanto enviar uma mensagem no próprio WhatsApp. Sites e aplicativos específicos, além de uma abundância de tutoriais online, fazem o trabalho com perfeição. Isso torna qualquer um, em questão de cliques, um “comunicador” que fabrica provas e falsifica prestígio.

Não é necessário ser hacker nem gênio da tecnologia; basta um celular, e pronto: você tem uma “conversa oficial” que respira poder e influência.

Abaixo, criamos uma conversa entre Pelé e Maradona – montada como uma brincadeira em que ambos comentam sobre Vinícius Jr. na disputa pela Bola de Ouro – como um alerta para a facilidade com que essas mensagens podem ser produzidas.

Imagine, então, o que não ocorre quando o objetivo é bem mais obscuro e visa criar uma falsa sensação de poder e acesso.

 (Imagem: Arte Migalhas)

Conversa fake entre Pelé e Maradona.(Imagem: Arte Migalhas)

Os bandidos sabem explorar isso com maestria. As mensagens fraudulentas não só dão a entender que conhecem pessoas, como, em algumas, até mencionam detalhes. Essas conversas fakes tornam-se uma moeda altamente valorizada entre aqueles que buscam influenciar sentenças ou vender facilidades no Judiciário.

É o conto do vigário dos novos tempos, só que agora a promessa não é um bilhete premiado ou uma herança de um parente desconhecido, mas o “acesso direto” a quem distribui a Justiça.

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