Moraes ironiza ataques de Bolsonaro em 2021:
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Moraes ironiza ataques de Bolsonaro em 2021: “palavras carinhosas” – Migalhas

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Durante sessão da 1ª turma do STF nesta terça-feira, 25, o ministro Alexandre de Moraes relembrou com ironia de declarações feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro durante a manifestação de 7 de setembro de 2021, na Avenida Paulista.

À época, Bolsonaro atacou diretamente o magistrado, chamando-o de “canalha” e afirmando que não mais cumpriria decisões do STF.

“Em 7 de setembro de 2021, todos se recordam, na Avenida Paulista, que o então presidente Jair Bolsonaro, após algumas palavras carinhosas em relação à minha pessoa, disse que a partir daquele momento não cumpriria mais ordem judicial”, declarou Moraes.

O contexto citado por Moraes remonta ao comício promovido por apoiadores do governo, quando Bolsonaro elevou o tom contra o Supremo.

Em discurso inflamado, o ex-mandatário afirmou: “Só saio preso, morto ou com a vitória. Quero dizer aos canalhas que nunca serei preso.”

Ele também declarou que “qualquer decisão do Alexandre de Moraes, esse presidente não mais cumprirá”, além de incitar o ministro a “pedir para sair” e o acusar de “oprimir e censurar o povo brasileiro”.

Denúncia

O discurso de 2021 voltou à tona nesta semana, no julgamento da 1ª turma do STF que analisa a denúncia da PGR contra Bolsonaro e outros acusados por tentativa de golpe de Estado.

O processo é analisado em três sessões e pode resultar na abertura de uma ação penal contra o ex-presidente e outros envolvidos.

Na denúncia, a PGR sustenta que Bolsonaro integra o chamado “núcleo crucial” do grupo que teria planejado e articulado uma ruptura institucional com o objetivo de impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva.

Entre os elementos reunidos estão reuniões, documentos e manifestações públicas que, segundo o órgão acusador, demonstram a tentativa deliberada de subverter o resultado das urnas.

O julgamento começou com a leitura do relatório do caso e seguirá com as sustentações orais das partes. Após essa fase, os ministros da 1ª Turma irão votar se aceitam ou não a denúncia.

Caso o colegiado decida pelo recebimento, Bolsonaro e os demais denunciados se tornarão réus em processo criminal perante o STF.

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